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domingo, 7 de maio de 2023

sábado, 6 de maio de 2023

SUVISA INTERDITA CLÍNICA DE REABILITAÇÃO MACABRA EM LUZIÂNIA


Superintendência de Vigilância em Saúde de Goiás (Suvisa) interditou, na noite de terça-feira (2/5), a Clínica de Reabilitação Restituindo Vidas, situada na região das Chácaras Marajoara, em Luziânia, no Entorno do DF. A fiscalização ocorreu após o Metrópoles procurar os órgãos durante apuração sobre as situações de maus-tratos e tortura a que eram submetidas as vítimas no estabelecimento clandestino.

Vídeos chocantes gravados no local mostram pacientes sendo obrigados a entrar na água nus de madrugada, dormir no chão em meio à sujeira e ficar amarrados em posição semelhante à que escravos eram punidos no Brasil há mais de 130 anos.

Na clínica, homens jovens e idosos que sofrem com a dependência química eram submetidos, diariamente, a humilhações e sessões de tortura que já resultaram até em mortes.

De acordo com a Suvisa, cerca de 54 residentes estavam internados no estabelecimento no momento em que ocorreu a interdição e autuação do espaço.

Algumas das irregularidades encontradas no local foram a falta de documentação para funcionamento da clínica, superlotação, ausência de responsável técnico, condições precárias de higiene e má alimentação dos residentes.

Com a interdição do espaço, a equipe responsável pela reabilitação tem o prazo de três dias para comunicar os familiares dos pacientes sobre a situação deles e realocá-los para outras clínicas de internação.

Antes de abrigar a Clínica de Reabilitação Restituindo Vidas, o local foi sede da Comunidade Terapêutica Restauração (CTR), que também foi fechada por suspeita de maus-tratos a pacientes. O espaço mudou apenas de nome, mas manteve a rotina de sofrimentos dos pacientes.
Segundo a Federação Nacional de Comunidades Terapêuticas (Fenact), o estabelecimento funcionava de forma clandestina e é administrado por Tiago de Morais Araújo, que se apresenta como enfermeiro.

Para driblar a Justiça, o suposto enfermeiro abriu um Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) identificando a empresa como uma comunidade terapêutica, mas, na verdade, oferecia serviço de clínica psiquiátrica com internações compulsórias.

Fome, dopagem e mortes

A rotina dentro da casa era de dor e sofrimento. A lista de supostos crimes cometidos por Tiago e seus funcionários é extensa. Ele é acusado de bater, humilhar e permitir circulação de drogas no local.

Ainda de acordo com relatos de “sobreviventes”, não era permitido manter qualquer tipo de contato com a família, e havia a prática de dopagem com medicamentos sem prescrição médica. Em casos mais extremos, muitos, inclusive, disseram passar fome, pois as refeições eram rigidamente controladas por Tiago e seus monitores.

No caso mais aterrorizante, um interno morreu, em março deste ano, após ser obrigado a ingerir doses cavalares de medicamentos controlados.

Cerca de um mês depois, em 24 de abril, outro paciente apareceu morto na Clínica de Reabilitação Restituindo Vidas. Carlos Eduardo Rodrigues, 44 anos, não passou sequer 24 horas sob os cuidados de Tiago. O homem foi internado na tarde do dia 24/4 pela mãe e, durante a noite, faleceu. O óbito dele é investigado pela PCGO, por meio Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Luziânia.

Falta de estrutura e superlotação

O espaço disponibilizado aos internos não era apropriado para a quantidade de pessoas que atendia. A casa, com três quartos, alojava cerca de 54 homens. Por falta de estrutura, alguns dormiam no chão. Além disso, a residência tem apenas um banheiro, sem descarga, o que torna a higiene precária.

O local também não contava com a presença de psiquiatras ou enfermeiros para oferecer tratamento e suporte devidos.

Fonte https://www.diariogoianiense.com.br/noticia/8159/clinica-clandestina-denunciada-por-torturas-e-humilhacoes-e-interditada-em-luziania

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Membro do PCC é "estrela" em reunião da Segurança Pública - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS


Bicão - Servidores do sistema penal de Mato Grosso do Sul reclamam de situação considerada “perigosa e constrangedora”. Segundo eles, a promotora Jiskia Sandri Trentin exigiu a presença de um preso, membro do PCC, em reunião no dia 26 de abril, solicitada pelo Ministério Público de MS. O tal presidiário é Leandro Almeida, de 29 anos, conhecido como “Coveiro”. Transferido de Três Lagoas para a Capital em dezembro de 2021, ele cumpre pena por assalto, furto e receptação. -

X-9 - A crítica contra a titular da 50ª Promotoria de Justiça de Campo Grande é pela imposição da presença de membro da facção em conversas estratégicas da Segurança Pública. A reunião ocorreu na Gameleria I, conhecida como Super Máxima. Além do representante do MPMS e do preso, estavam no encontro o responsável pelo presídio e o diretor-geral de Polícia Penal, Creone da Conceição Batista. O detento ouviu e também teve a oportunidade de repassar lista de pedidos para melhorias aos presos, a ser encaminhada à Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário). - CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS